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Artêmio Ortigara quer usar a área comprada para a sede da UFFS para viabilizar nova área industrial

Concórdia – A indicação do vereador e presidente da Câmara, Artêmio Ortigara (PR), para que o município inicie o processo de desafetação da área de terra comprado para instalar o campus da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) provocou mais uma discussão acalorada sobre o assunto.

“Quero deixar bem claro que sou favorável e entendo que todos os esforços para a instalação do campus devem ser feitos. No entanto, como não temos a certeza de quando isto virá acontecer, porque não há documentos oficiais que façam esta previsão em curto espaço de tempo, é que faço está indicação”, comentou.

Para ele, não é conveniente deixar um imóvel de R$ 4,5 milhões (que ainda está sendo pago pelo atual governo) com uma área de mais de 300 mil metros quadrados parado.

“O local pode ser utilizado para se fazer uma nova área industrial contemplando diversas atividades e fomentando a economia local”, informou ao dizer ainda que o terreno não é uma exigência para a instalação da UFFS, conforme informado pelo próprio reitor da entidade, Jaime Giollo, em sessão do Legislativo, em outubro do ano ado.

O vereador Mauro Fretta (PSB) também lembrou a posição do reitor, em outubro de 2017, sobre o terreno e também a manifestação que fez. “Já havia me posicionado sobre o destino do terreno. Isto não significa ser contrário a vinda da Universidade, mas apenas de otimizar os recursos que já temos”, ponderou.
Para ele, ainda precisam ser dadas explicações sobre a área comprada na Vila Jacob Biezus, para ser industrial.

“Na época, em 2014, quando da aquisição já havia promessas para empresas, que poderiam se instalar no local. No entanto, pelo que sabemos não é possível a instalação por diversos problemas, entre eles ambientais”, destacou.

Anderson Guzzatto (PR) disse que “nenhum vereador é contra a vinda a Universidade”. Para ele, os documentos apresentados não exigem o terreno, inclusive a fala do próprio reitor na Câmara no ano ado. “Vejo um desperdício de tempo e dinheiro em deixar lá parado”, comentou ao pedir que “se algum vereador tivesse a certeza da vinda da universidade precisava se manifestar”.
Ele também comentou que ainda espera “uma reunião prometida por um assessor do deputado Pedro Uczai para tratar do assunto em Chapecó, mas até agora o encontro não aconteceu”. Para Guzzatto, o assunto foi tratado como uma bandeira política. “O que se precisa são de respostas completas e não de mais promessas”, pontuou.
Para Claiton Casagrande (PR) é possível otimizar espaços que hoje ficam ociosos para implantar a Universidade em Concórdia. “Isto não é ser contra, mas entender que neste momento o terreno atual, em questão, possa ser utilizado para outra área e trazer benefício aos concordienses.
 
Reação contrária à indicação
A indicação provocou a reação da bancada dos vereadores do PT.   O primeiro a se manifestar foi André Rizelo (PT). Ele disse que não é contra a instalação do polo industrial, mas não neste terreno. “Para a área industrial foi comprado o terreno da Vila Jacob Biezus. Este terreno é para a Universidade, que só não veio porque aconteceu um golpe no governo federal e todo o processo foi interrompido”,  considerou ao entender que o ensino federal gratuito é fundamental para oferecer educação e oportunidade para os jovens concordienses.
Evandro Pegoraro (PT), disse que o terreno localizado na “Vila Jacob Biezus é uma área fantástica para a instalação da área industrial”. O vereador considera que “realmente não se tem certeza da vinda da universidade, mas quando a gente quer alguma coisa, se sonha com ela, nós também precisamos lutar para a realização”.
Pegoraro lembrou da fundação da UFFS, com a possibilidade dos cursos para Concórdia e que “foi interrompido pelo golpe sofrido pela presidente Dilma”. Para ele, “o terreno já estava no projeto, escolhido a dedo com técnicos do Ministério da Educação. Não é um condicionante total, mas ele faz parte do conjunto dos projetos apresentados para a reitoria da UFFS e para o MEC”, destacou ao dizer que uma universidade sempre é um investimento “limpo”, que “traz benefícios para Concórdia”.
A bancada do PT se manifestou de forma contrária a indicação.
Terreno nunca foi exigência
O líder do governo explicou que o próprio reitor explicou que o primeiro o é a contratação de professores. “Quando se tiver a sinalização completa, com corpo docente e recursos, pode se pleitar o terreno. Até porque, nós temos estruturas para abrigar os cursos propostos, porque também sonho e acredito, como pai e professor, em um ensino superior de qualidade para todos”, explicou.
Por mais uma vez, Caitano detalhou os encaminhamentos desde 2011 até 2016, formulados pelo antigo governo. “Não temos nenhuma correspondência oficial solicitando o terreno por parte do MEC ou da reitoria”, esclareceu ao citar diversos ofícios que apontam que a compra da área foi “desejo do antigo governo, sem ser exigência oficial”, comentou.
Caitano disse que fez o pedido da informação sobre o protocolo do documento, um dia antes da saída do Ministro Aloísio Mercadante, mas que não o registro oficial no MEC. Ele também citou que, neste mesmo maio de 2016, dois dias antes da última visita da comitiva concordiense ao Ministro, a então presidente Dilma, havia assinado decretos autorizando 5 universidades federais. “Se fosse de fato prioridade, a UFFS de Concórdia estaria no pacote e, na época quando da visita no apagar das luzes daquele governo, já se dizia que a culpa pela demora seria do Temer”, ironizou.
O que é a desafetação
Na época da compra do terreno, o Projeto de Lei encaminhado pelo Executivo da época da compra e aprovado pelo Legislativo, teria como fim específico a instalação da Universidade Federal da Fronteira Sul. Agora para ser utilizado para outro fim, precisa ser desafetado. Está mudança, precisa também ar pela Câmara.
(Informações e texto/ASCOM/Câmara de Vereadores)

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