Itapiranga – A Polícia Civil concluiu o inquérito que apurou possível negligência médica na morte de uma bebê recém-nascida no Hospital Sagrada Família, em Itapiranga, na manhã de 1° de abril.
Segundo a delegada Joelma Alberton, da Delegacia de Polícia de Itapiranga, não houve negligência do Hospital.
Os pais da criança deram entrada no Hospital por volta das 4h45. O médico obstetra solicitou uma cesárea de emergência após constatar que os batimentos cardíacos da criança estavam baixos.
A cesárea foi feita após as seis horas da manhã. A menina nasceu com vida, mas morreu minutos depois. Os funcionários do Hospital realizaram os procedimentos de reanimação, mas sem sucesso.
Investigações
A Polícia Civil então instaurou um inquérito para apurar a conduta do pai e do médico anestesista. O pai teria agredido o anestesista após ele demorar para atender as ligações e comparecer ao Hospital.
O homem alegou em Boletim de Ocorrência que o anestesista de plantão, que estava em regime de sobreaviso, teria demorado mais de 40 minutos para prestar atendimento de urgência à gestante. Segundo a Polícia Civil, o médico estava fazendo sua caminhada matinal.
O Setor de Investigação da Polícia Civil de Itapiranga analisou imagens fornecidas pelo Hospital e comprovou que apenas 16 minutos se aram entre a saída do marido da gestante para buscar o médico e o retorno ao local, rechaçando a possibilidade de
negligência.
Morte da bebê
O exame pericial realizado no Instituto Médico Legal mostrou que a causa da morte é indeterminada. Segundo a delegada Joelma Alberton, da Polícia Civil de Itapiranga, ainda falta um exame a ser recebido para verificar se havia alguma patologia.
A Polícia Civil solicitou ao Poder Judiciário maior prazo para juntar o exame restante ao Inquérito. As diligências realizadas foram encaminhadas para análise do Ministério Público. (Diário do Iguaçu)