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Polícia conclui que não houve crime sobre morte de homem durante abordagem da PM em Seara

Seara – Não houve crime contra a vida. Essa é a conclusão apontada pela Polícia Civil de Seara ao finalizar o inquérito policial que apurou as causas da morte de Marlon Tadeu Zandonai, 33 anos, ocorrida na noite de terça-feira, 14 de janeiro deste ano. Marlon retornava de Chapecó e, ao ser abordado por uma viatura da Polícia Militar, não teria obedecido às ordens de parada e empreendeu fuga.

Ele tentou se esconder numa casa em Caraíba. A PM chamou reforços e o deteve. A suspeita é que ele estivesse com droga, o que, segundo a família, não foi confirmado. Bombeiros foram chamados para auxiliar na ocorrência. Marlon teria se recusado a ir ao hospital com a ambulância e foi conduzido pela viatura da polícia, mas chegou morto ao local.

Familiares afirmam que Marlon foi agredido por policiais, o que foi negado pelo comando. Na segunda-feira, 19, a Polícia Civil teve o aos últimos laudos, concluiu a investigação e encaminhou o inquérito ao Ministério Público de Seara e ao Juízo Regional de Garantias de Concórdia.

O delegado de Seara, William Testoni Batisti, que fez o relatório final após todas as oitivas de testemunhas, afirmou que “de nossa conclusão foi que não houve qualquer indício de crime doloso contra a vida praticado pela Polícia Militar”. E ressaltou que “concluímos o inquérito sem indiciamento dos policiais militares. Encaminhamos esse procedimento para o Ministério Público de Seara, que vai avaliar se concorda ou não com a nossa investigação, se precisa de alguma diligência a mais para ser realizada ou, eventualmente, se o caso merece arquivamento por parte da Justiça comum”. Willian destacou que também está sugerindo o encaminhamento de cópia do inquérito para a Justiça Militar, onde o caso igualmente é apurado.

A reportagem do Folhasete teve o a um trecho do laudo que aponta a causa da morte de Marlon. O documento diz que “com base no resultado do exame complementar e o exame necroscópico, conclui-se tratar de óbito por fibrilação atrial decorrente de intoxicação exógena” – ou seja, uma intoxicação causada pelo uso de drogas.

O delegado explicou que “o laudo de necrópsia inicial apontava causa indeterminada para as circunstâncias do crime. Então, além do corpo examinado, foram encaminhados laudos de sangue e toxicologia que constataram algumas substâncias entorpecentes no corpo. Isso fez com que a Polícia Científica se debruçasse mais ainda sobre as causas do óbito, inclusive com a análise dos órgãos da vítima”.

Quanto a informações sobre o uso de arma de choque na vítima, o delegado Willian esclareceu que existia uma disparidade das versões entre algumas testemunhas e os policiais que atenderam a ocorrência. “Há, de fato, o uso da arma de choque. Algumas testemunhas falaram que a partir do uso dessa arma de choque a vítima já não teria tido sinais de vida, o que poderia ter causado a morte dele, enquanto a Polícia Militar entendeu que aquela arma de choque não surtiu efeito porque, de fato, não atingiu a vítima. E, de fato, quando a gente verificou o primeiro exame de corpo de delito, a análise clínica, não existia marca de queimadura de arma de choque, ou mesmo de orifício de entrada ou saída, que pudesse sugerir ter atingido a vítima”.

Informações à disposição

O delegado William Testoni Batisti afirmou que “não houve um nexo causal (relação) entre o uso de arma de choque com a morte da vítima”. E reforçou que “a família terá o aos laudos para tomar as medidas que eles entenderam cabíveis na esfera cível ou não contra o Estado de Santa Catarina, enfim, o o é garantido para os familiares”. Familiares de Marlon disseram que um advogado está cuidando do caso e que uma manifestação oficial deve ser feita pela família nos próximo dias. (Por Folhasete)

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